sexta-feira, 19 de março de 2010

SAUDAÇÕES!

Há muitas décadas que o horror vem mexendo com o imaginário do mundo por onde quer que ele passe. Afinal, o que seria da sétima arte sem este que seja talvez o gênero mais singular da história? Nem mais nem menos importante, mas sem dúvida o mais influente, dando margem à inúmeras variações artísticas inspiradas no fantástico. Ao longo de toda sua história, o horror nos presenteou com inúmeros mestres, divas, lendas e personagens que chegam a fazer parte do folclore popular -afinal, o que seria de uma sexta-feira 13 sem Jason Voohes ou uma praia sem Tubarão? Há também as famosas vertentes paralelas que até hoje recheiam as discussões em rodas de amantes do gênero, como o slasher, o gore, o trash, o splatter, o torture porn e muitas outras. O horror poderia ser comparado ao rock, pois assim como este, há muitas áreas distintas a serem discutidas. E é isso que faz dele algo tão belo, pois permite discussões que vão de obras-primas à bombas em potencial. Vale citar também que ele é vítima de uma marginalização e um preconceito absurdamente estúpido, talvez por uma certa tendência da sociedade em manter-se com os pés no chão e não permitir-se enxergar além, pois o horror transcende limites e nos faz ver tudo que o cotidiano não nos permite ver, transportando-nos a locais onde a realidade é relativa e o mundo é abstrato, para que assim possamos ser apresentados a zumbis canibais, cenobitas do inferno, gêmeas esquartejadas, chuviscos de televisão fantasmagóricos e todo o resto que transborda no desconhecido. E é com extrema dedicação que inauguro este blog homenageando o fantástico, o qual marcou minha infância e de meu irmão -meu maior companheiro de sétima arte- e nos acompanha até hoje. Aqui estarei postando textos sobre vários assuntos que rondam o gênero, além de contos e alguns poemas de horror -todos de minha autoria. Espero que esta amplitude cinematográfica continue por toda sua eternidade a nos presentear com seus mestres e obras, fazendo-nos espiar pela fechadura da porta que nos leva ao fantástico, onde louvamos o horror nosso de cada dia.


"O que é a vida?

É o princípio da morte.

O que é a morte?

É o fim da vida.

O que é a existência?

É a continuidade do sangue.

O que é o sangue?

É a razão da existência."


( Zé do Caixão em à Meia-Noite Levarei Sua Alma, de 1963 )